A Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) – H5N1 é classificada como zoonose, então existe risco de transmissão dos animais para os humanos. É o que afirma o médico veterinário Lucas Edel. “Essa infecção pode ocorrer por meio de contato direto com secreções dessas aves ou por meio de alguns utensílios que foram utilizados no manejo daquelas aves”, completa.
No último sábado (20), mais dois casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) de subtipo H5N1 foram identificados nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Em decorrência dos novos episódios, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que tem intensificado as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres em todo o país.
Também no último sábado, o Ministério da Saúde informou que as amostras dos 33 casos suspeitos de influenza aviária em humanos no estado do Espírito Santo deram negativas para o vírus H5N1. Outros dois novos casos suspeitos estão sendo investigados. Desta forma, o Brasil segue sem nenhum caso em sua população.
Edel explica que a alta patogenicidade é a capacidade do vírus de causar a doença naquele indivíduo, ou seja, essa IAAP tem maior probabilidade do animal ou pessoa que entra em contato desenvolver a doença.
Para evitar possíveis contaminações, o veterinário orienta não entrar em contato com animais que apresentam algum tipo de secreção e caso o produtor avícola identifique o animal nessa condição, é necessário comunicar à Secretaria de Agricultura do município.
“Caso faça, evite entrar em contato com mucosas oculares, mucosa oral e lave sempre as mãos com água e sabão”, orienta.
Segundo o Mapa, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF/ES) e a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro (SEAPPA/RJ) já estão adotando os procedimentos técnicos relacionados a essas novas ocorrências, em complementação às ações de comunicação e de vigilância que vinham sendo realizadas desde a detecção dos primeiros casos no Espírito Santo.
O Mapa frisa que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária podem ser adquiridas, principalmente, por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas). Em nota, a pasta pediu para que a população evite contato com aves doentes ou mortas e acione o serviço veterinário local ou realize a notificação por meio do e-Sisbravet.
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Fonte: Brasil61