O estado de Goiás deve se consolidar na posição de 4º. maior produtor mineral do País, liderando a produção de fosfato, níquel, vermiculita e ocupando lugar de destaque na produção de cobre, ouro, bauxita, nióbio, calcário agrícola e para uso na construção civil, além de se tornar, dentro em breve, no único produtor brasileiro de terras raras. Aliás, a expectativa é que Goiás desempenhe um papel cada vez mais importante no suprimento de minerais para a transição energética, na opinião do presidente do SIEEG-DF (Sindicato das Indústrias Extrativas do Estado de Goiás e do Distrito Federal), Luiz Antônio Vessani, que lembra os projetos programados para o estado nesse segmento, como os da Anglo American (níquel em Barro Alto), Wave Nickel (níquel em Niquelândia), Lundin Mining (expansão da produção de cobre/ouro em Alto Horizonte) e Mineração Serra Verde (terras raras em Minaçu). Afora esses empreendimentos, o dirigente acredita que Goiás tem potencial para novas minas de níquel.
No ouro, do qual Goiás tem sido um importante produtor, através da Mineração Serra Grande (controlada pela AngloGold Ashanti), da Lundin Mining e Pilar Gold, também há perspectivas de crescimento da produção, com os projetos da Hochschild, em Mara Rosa, que deve entrar em produção no próximo ano, e da Pilar Gold, na região de Pilar de Goiás.
O estado de Goiás também está se destacando na produção de bauxita para uso industrial, que agrega muito mais valor do que quando a bauxita se destina ao uso metalúrgico (produção de alumina). Segundo Vessani, atualmente metade do sulfato de alumínio consumido no País para tratamento de água e esgotos, é produzido em Goiás. Além disso, a bauxita calcinada tem inúmeras aplicações industriais, com destaque nos segmentos de abrasivos e refratários.
Na entrevista a seguir, o principal dirigente do SIEEG-DF fala sobre o que o setor espera do plano estadual de mineração que está em elaboração pelo governo do estado e da necessidade de consolidação do sistema de licenciamento ambiental que está sendo implantado no estado e que tem contribuído para agilização dos trâmites para que os projetos de mineração recebam as licenças ambientais e possam ser implantados.
Leia a entrevista completa na edição 430 de Brasil Mineral
Fonte: Brasil61