Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais (Abirochas), as exportações brasileiras de rochas ornamentais e de revestimento registaram US$ 720,8 milhões, em receita, e 1,27 milhão de toneladas, em volume, para 111 países entre janeiro e julho de 2024, o que corresponde a aumentos de 8,5% e 16,2%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2023. Os números de julho (US$ 123,6 milhões e 258,1 mil t) foram os mais elevados de 2024. A variação positiva é explicada pela venda de chapas de quartzitos e quartzo natural. Com incremento de 28,7% e preço médio de US$ 2.280/t, essas chapas representaram 37,5% do total do faturamento em 2024. Os dois outros produtos com incremento expressivo do valor exportado foram os blocos de granito (+34,7%) e os blocos de quartzito maciço (+8,1%), ambos, no entanto, com queda de quase 10% em seu preço médio.
As chapas de rochas graníticas continuam a contribuir nas exportações pela importante participação no total do faturamento das exportações brasileiras de rochas (26,7%). O Espírito Santo continua sendo o principal estado exportador, com faturamento de US$ 596,6 milhões nos sete primeiros meses de 2024. Com US$ 400,8 milhões, os Estados Unidos são o principal destino das vendas externas em faturamento. Com 592,4 mil toneladas, a China conquistou o 1º lugar em volume. Por outro lado, as importações brasileiras de materiais rochosos naturais de ornamentação e revestimento somaram US$ 19,5 milhões e 37,5 mil toneladas entre janeiro e julho deste ano, um incremento de 21,7% e 18,2%, respectivamente, frente ao mesmo período de 2023. O preço médio das importações foi de US$ 519/t.
Os principais produtos importados abrangem blocos e chapas de rochas carbonáticas. Os principais fornecedores foram a Turquia (12,2 mil t), México (9,3 mil t) e Espanha (4,0 mil t). Outros fornecedores importantes incluíram Egito, Itália e Indonésia. As importações de materiais artificiais somaram 50,1 mil toneladas e um valor de US$ 29,9 milhões, com preço médio de US$ 597/t. A China respondeu por 47,5 mil toneladas (95%) do volume físico total importado pelo Brasil. O crescimento das importações de materiais naturais, contra a queda dos artificiais, representa uma inversão da tendência registrada ao longo dos últimos cinco anos.