Em uma fusão de talento literário e sensibilidade cultural, Mariana Lewis e Quentin Lewis anunciam o lançamento do livro, “O Orfeu de Londres“. A obra não é apenas uma biografia de Georg Friedrich Handel, mas uma reflexão sobre imigração, identidade, superação e a ressonância do passado no presente.
“O Orfeu de Londres” mergulha na vida de Handel, um imigrante alemão que, em meio à xenofobia de Londres do século XVIII, enfrentou hostilidade, isolamento e falência antes de revolucionar a música inglesa. Para Mariana e Quentin, ambos imigrantes – Quentin no Brasil e Mariana em Londres -, a trajetória de Handel, marcada por queda e reinvenção, reflete suas próprias experiências e os desafios de deslocamento e busca por pertencimento.

O livro também aborda a homossexualidade de Handel, vivida em silêncio em uma época em que era crime, traçando paralelos com figuras como Freddie Mercury e a dor e o segredo que acompanham o talento. Contar essa história é um ato de reconhecimento e resistência, celebrando o renascimento criativo de Handel com o oratório e a composição do “Messiah” como um exemplo universal de superação.
Além da narrativa biográfica, “O Orfeu de Londres” se posiciona como um comentário social. Os autores questionam o Brexit, o racismo, a homofobia e a monarquia britânica, utilizando a vida de Handel como um convite para repensar o presente através das lentes do passado.
Da Paixão Compartilhada à Literatura em Conjunto
A ideia de escrever juntos surgiu da busca de Mariana e Quentin, como imigrantes e criadores, por novas formas de contar histórias e alcançar o público. Os temas centrais de deslocamento, reinvenção e busca por pertencimento em “O Orfeu de Londres” são intrínsecos às suas próprias vivências. “Escrever o livro juntos nos permitiu incorporar nossas experiências pessoais à narrativa de maneira mais verdadeira e sensível”, explicam os autores. Ao unir suas vozes, eles buscam criar uma história que não só homenageia Handel, mas que também dialoga com as dificuldades de quem vive entre culturas e identidades.
Com uma forte paixão pelo audiovisual, a transição para a literatura foi um processo natural para os autores. A intenção ao escrever sobre Handel sempre foi transformar a obra em roteiro e, futuramente, levá-la às telas. “Consideramos o livro bastante visual, escrevemos já imaginando o filme em nossas cabeças, o que tornou o processo muito natural”, afirmam. Para eles, o audiovisual e a literatura são mundos que se complementam e se enriquecem mutuamente.
Desafios da pesquisa e liberdade criativa
Para eles, o maior desafio na escrita de “O Orfeu de Londres” foi a extensa pesquisa. O livro é uma mistura de biografia, romance histórico e ficção, exigindo um delicado equilíbrio entre rigor factual e liberdade criativa. Os autores mergulharam na cronologia da vida de Handel, na Londres do século XVIII – seus costumes, política, dinâmica social – e nas composições do gênio musical. O estudo de cartas, registros históricos e partituras foi fundamental. Embora alguns personagens tenham sido adaptados para a narrativa dramática, todos os eventos históricos relevantes ocorrem nas datas corretas e com base em fatos documentados, garantindo a integridade histórica da obra.
“O Orfeu de Londres” já está disponível na plataforma online da Amazon UK.
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