Conforme apurado até o momento, os investigados, em unidade de desígnios, manipularam procedimentos licitatórios visando a contratação ilegal de empresa de fachada. Os contratos, em sua maioria, envolvem a prestação de serviço de digitalização de documentos e implementação de sistema de gestão de processos digitais em setores públicos determinados. Porém, a empresa contratada, além de pertencer a pessoa ligada a um dos agentes públicos investigados (secretário municipal), não ostenta estabelecimento comercial e estrutura funcional que indique a realização do serviço contratado. Verificou-se que, no local onde deveria funcionar a empresa de tecnologia, funciona um salão de beleza, bem como que a única sócia administradora da empresa se identifica socialmente como profissional ligada à área de estética.
As investigações abarcam a possível ocorrência de crimes de fraude à licitações, falsidade ideológica e corrupção ativa e passiva. O prejuízo apurado até então ultrapassa o valor de R$ 700 mil.
Segundo o delegado Caio Menezes, coordenador da operação, todos os mandados foram devidamente cumpridos e apreendidos aparelhos eletrônicos e documentos relacionados aos crimes. As investigações continuam a fim de elucidar a existência de mais envolvidos, bem como a real extensão do dano causado aos cofres públicos.
Fonte: PCGO